Solidão e solitude
uma compreensão psicanalítica das representações sociais de jovens adultos
DOI:
https://doi.org/10.59483/rfpp.v4n4134Palavras-chave:
Solidão, Solitude, Estados emocionais, Psicanálise, Jovens, Representações sociaisResumo
O presente estudo objetivou compreender a percepção e o significado da solidão e da solitude em jovens adultos, com 52 participantes jovens adultos com idades entre 20 e 24 anos. Os dados foram coletados por meio de um formulário on-line com perguntas fechadas, para caracterização da amostra e perguntas abertas, através de três questões-caso relacionadas à temática, para análise das representações sociais. As respostas foram avaliadas através da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), se utilizando dos recursos da psicanálise para interpretação. Os resultados mostraram que a solidão é vista como um sentimento ruim ou desolador, e embora os participantes não tenham nomeado a solitude, e talvez nem mesmo reconheçam a diferença entre solidão e solitude, podemos considerar ter, a solitude, sido retratada como benéfica. Os discursos revelaram que, para a maioria dos jovens, o sentir-se só está ligado tanto à fatores externos (sociais e ambientais) quanto à fatores internos (intrapsíquicos) pois o sujeito pode se identificar com seu meio externo, mas mesmo assim se sentir sozinho, ou o contrário, ele pode não se sentir pertencido, mas ainda assim ter a capacidade de lidar com sua solitude.
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